terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sobre os adoçantes ...

" Na hora de adoçar a sobremesa ou o cafezinho, nem sempre é fácil escolher o tipo certo de adoçante a ser utilizado. Alguns perdem o poder de adoçar quando são levados ao fogo, enquanto outros, embora menos calóricos que o açúcar, podem ter efeito indesejado e elevar a glicemia. Para guiar o diabético na escolha do produto mais adequado a seu gosto e perfil, a nutricionista Marina Munhoz da Rocha, do Centro de Diabetes de Curitiba (CDC), dá algumas dicas.
      A sacarina, adoçante artificial mais antigo no mercado, é totalmente sintético, não calórico e não eleva a glicemia. Pode ser utilizado para a preparação de doces que vão ao fogo porque não perde suas propriedades de adoçante. Sua desvantagem é o gosto residual amargo que aumenta quanto maior for a quantidade de adoçante utilizada. Geralmente, a sacarina é comercializada em associação com        o ciclamato, também de origem sintética, apropriado igualmente para culinária. Adoça trinta vezes mais que o açúcar mas, apesar disso, não é calórico, podendo ser utilizado pelo diabético. Por ter sódio em sua composição, o ciclamato não é indicado para portadores de hipertensão, porque pode elevar a pressão arterial.
          O aspartame, composto por dois aminoácidos naturais, teve seu uso questionado durante algum tempo por causa de informações de autoria desconhecida veiculadas pela Internet, que acusavam o produto de ser cancerígeno. Segundo Marina, nenhum estudo científico comprovou essa teoria e, portanto, o aspartame é livremente indicado até mesmo para gestantes. Adoçando 200 vezes mais que o açúcar, o aspartame não é apropriado para culinária porque perde seu poder quando aquecido. Sua principal vantagem é não apresentar sabor residual.
        O steviosídeo é um adoçante natural, extraído de plantas. Adoça 300 vezes mais que o açúcar. Tem sabor residual e não perde as propriedades quando aquecido. Geralmente é produzido em associação com o ciclamato. 
          O acessulfame k, utilizado em produtos industrializados como os refrigerantes dietéticos, tem leve sabor residual. Bastante popular na Europa e nos Estados Unidos, o produto vem associado ao aspartame, adoça 200 vezes mais que o açúcar e não perde seu poder quando levado ao fogo.
          A sucralose, outro produto sintético, adoça 600 vezes mais que o açúcar, não tem sabor residual e não afeta a glicemia. Já a frutose, extraída das frutas, adoça 300 vezes mais que o açúcar, pode ser utilizada em culinária, sendo o único adoçante que consegue produzir calda de doce, mas afeta a glicemia. Por isso, Marina alerta que, se for usar a frutose, o diabético deve compensar eliminando de sua refeição algum outro alimento calórico, como o pão, por exemplo."


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