sábado, 31 de outubro de 2009

Contagem de Carboidratos

Vista como o ponto de partida para um planejamento alimentar eficiente para a pessoa com diabetes, a contagem de carboidratos é uma das grandes conquistas na área de terapia nutricional. A técnica pode ser utilizada por portadores de diabetes tipo 1 e 2, e tem como objetivo o controle glicêmico em função das menores variações das glicemias pós-prandiais.
A contagem de carboidratos foi criada na Europa na década de 30 e foi uma das técnicas utilizadas no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Recomendada pela American Diabetes Association (ADA) a partir de 1994 como ferramenta nutricional, passou a ser utilizada no Brasil somente em 1997.
Por que o carboidrato?
A escolha do carboidrato como referência não foi ao acaso. O carboidrato é o macronutriente que fornece a maior quantidade de energia para o organismo. Ele é a substância que mais rapidamente é convertida em glicose (entre 90% e 100%) e que, portanto, eleva os níveis de glicose no sangue com maior velocidade. Segundo o Manual Oficial de Contagem de Carboidratos da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), os carboidratos são convertidos em glicose entre 15 minutos a 2 horas e a sua recomendação diária é de 50% a 60% do valor calórico total consumido.
A contagem de carboidratos é uma técnica que depende 100% de dedicação do usuário e o seu uso não substitui a participação do nutricionista e do médico especialista que acompanha o tratamento do diabetes. Baseada nessa premissa, o site da SBD elaborou uma enquete a fim de desvendar os maiores obstáculos da utilização da técnica entre os usuários.

Fonte : SBD

Hemoglobina Glicada e Frutosamina


O exame de Hemoglobina Glicada possui enorme importância na avaliação do controle do diabetes. É capaz de resumir para o especialista e para o paciente em tratamento se o controle glicêmico foi eficaz, ou não, num período anterior de 60 a 90 dias.
Isso ocorre porque durante os últimos 90 dias a hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração que existe no sangue. Caso as taxas de glicose apresentem níveis elevados no período, haverá um aumento da hemoglobina glicada.
Sempre é necessário individualizar o valor de A1C (hemoglobina glicada), levando em conta vários dados clínicos como idade, presença de outras doenças e/ou risco de eventos freqüentes de hipoglicemias.
Estudos clínicos, realizados em grandes centros foram capazes de demonstrar que a manutenção de A1C em valores o mais próximo possível do normal foi acompanhada de redução significativa do surgimento e da progressão das complicações micro e macro-vasculares. Isso ocorreu tanto em pessoas com diabetes do tipo 1 (DCCT), quanto do tipo 2 (UKPDS).
Para consensos nacionais e internacionais, o valor de A1C mantido abaixo de 7% promove proteção contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (retinopatia , nefropatia e neuropatia).
As pessoas que já apresentam complicações em estágios avançados (insuficiência renal terminal, doença vascular difusa) ou que são portadores de outras condições clínicas que reduzem a qualidade de vida podem ter como meta de tratamento valores de A1C um pouco mais elevados.
Outros exames como “dosagens da taxa de glicemia” (no laboratório) e “glicemia capilar (ponta de dedo)” apresentam parâmetros que podem sofrer oscilações importantes por influência de diversos fatores, tais como: alimentação, exercícios, medicação etc. Mas, é claro, não deixam de ser importantes e devem continuar a fazer parte do acompanhamento das pessoas com diabetes.Vale ressaltar o papel da glicemia capilar para os pacientes insulino-dependentes, permitindo o ajuste das doses de insulina naquele determinado momento.
Frutosamina
Este exame é capaz de apresentar o controle glicêmico das últimas 4 a 6 semanas. Pode ser útil para a avaliação de alterações do controle de diabetes em intervalos menores, para julgar a eficácia de mudança terapêutica, assim como no acompanhamento de gestantes com diabetes.
A dosagem da Frutosamina também pode ser indicada quando, por razões técnicas, a A1C não é considerada como um bom parâmetro de seguimento (hemoglobinopatias e na presença de anemia).

Adoçantes


Na hora de adoçar a sobremesa ou o cafezinho, nem sempre é fácil escolher o tipo certo de adoçante a ser utilizado. Alguns perdem o poder de adoçar quando são levados ao fogo, enquanto outros, embora menos calóricos que o açúcar, podem ter efeito indesejado e elevar a glicemia. Para guiar o diabético na escolha do produto mais adequado a seu gosto e perfil, a nutricionista Marina Munhoz da Rocha, do Centro de Diabetes de Curitiba (CDC), dá algumas dicas.A sacarina, adoçante artificial mais antigo no mercado, é totalmente sintético, não calórico e não eleva a glicemia.
Pode ser utilizado para a preparação de doces que vão ao fogo porque não perde suas propriedades de adoçante. Sua desvantagem é o gosto residual amargo que aumenta quanto maior for a quantidade de adoçante utilizada. Geralmente, a sacarina é comercializada em associação com o ciclamato, também de origem sintética, apropriado igualmente para culinária. Adoça trinta vezes mais que o açúcar mas, apesar disso, não é calórico, podendo ser utilizado pelo diabético. Por ter sódio em sua composição, o ciclamato não é indicado para portadores de hipertensão, porque pode elevar a pressão arterial.
O aspartame, composto por dois amino-ácidos naturais, teve seu uso questionado durante algum tempo por causa de informações de autoria desconhecida veiculadas pela Internet, que acusavam o produto de ser cancerígeno.
Segundo Marina, nenhum estudo científico comprovou essa teoria e, portanto, o aspartame é livremente indicado até mesmo para gestantes. Adoçando 200 vezes mais que o açúcar, o aspartame não é apropriado para culinária porque perde seu poder quando aquecido. Sua principal vantagem é não apresentar sabor residual.O steviosídeo é um adoçante natural, extraído de plantas. Adoça 300 vezes mais que o açúcar. Tem sabor residual e não perde as propriedades quando aquecido.
Geralmente é produzido em associação com o ciclamato. O acessulfame, utilizado em produtos industrializados como os refrigerantes dietéticos, tem leve sabor residual. Bastante popular na Europa e nos Estados Unidos, o produto vem associado ao aspartame, adoça 200 vezes mais que o açúcar e não perde seu poder quando levado ao fogo.A sucralose, outro produto sintético, adoça 600 vezes mais que o açúcar, não tem sabor residual e não afeta a glicemia. Já a frutose, extraída das frutas, adoça 300 vezes mais que o açúcar, pode ser utilizada em culinária, sendo o único adoçante que consegue produzir calda de doce, mas afeta a glicemia.
Por isso, Marina alerta que, se for usar a frutose, o diabético deve compensar eliminando de sua refeição algum outro alimento calórico, como o pão, por exemplo.
Nutricionista Marina Munhoz da Rocha Balzer

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