terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ALIMENTAÇÃO NO CARNAVAL

Caia na folia sem prejudicar a saúde  

      O carnaval neste ano será comemorado no dia 17 de FEVEREIRO, e os foliões já estão em contagem regressiva para a festa mais animada do Brasil. Para aproveitar os dias de diversão são necessários alguns cuidados, principalmente com a saúde, para não estragar a festa e a alegria.


      Para aqueles que gostam de pular o carnaval nas ruas, nos salões, sambódromo ou ir atrás de um trio elétrico, precisam de uma alimentação diferenciada nessa época. “Alimentos ricos em carboidratos, como por exemplo, massas, cereais, frutas e pães devem ser consumidos, pois fornecem bastante energia. Levar um lanchinho extra também ajuda a manter o pique”, orienta a nutricionista , Marina Munhoz da Rocha Balzer.
      Antes de sair para a folia, a nutricionista explica que o ideal é fazer um lanche moderado e evitar os alimentos ricos em gorduras. “Frituras, chocolates, salgadinhos prejudicam a digestão e sobrecarregam o funcionamento do fígado”, frisa. Já as proteínas são boas escolhas e evitam o aumento de peso. “Não esqueça de se alimentar. Leve barrinhas de cereais, frutas secas ou suco de frutas de caixinha. Esses alimentos são uma boa fonte de glicose e fornecem energia”.

     A diversão também depende de muita hidratação. “Deve-se ingerir pelo menos 500 ml a cada uma hora de folia de água ou suco de frutas. Se possível, repor perda de sódio e potássio ingerindo água de coco”, salienta a Dra. Marina.
       As bebidas alcoólicas também causam mal-estar, principalmente em excesso. Quando ingerido em jejum, age mais rapidamente no organismo, causando desmaios, vômitos e uma enorme dor de cabeça no dia seguinte. “Até duas doses por noite, seria considerada uma dosagem segura, mas não para dirigir”, alerta.

 Fique atento aos sintomas da desidratação, são eles: perda da coordenação motora, secura na boca, náusea, tontura, confusão mental, dores musculares, dor de cabeça, sensação de cansaço, palidez e baixa pressão arterial. “Se fica desidratado, deve-se ingerir muito líquido e, em casos mais extremos, a pessoa deverá ser encaminhada ao pronto-socorro mais próximo”, enfatiza a nutricionista.

          Mas não é só com a desidratação e o álcool que os foliões devem se preocupar. A Dra. Marina explica que as roupas não adequadas também podem prejudicar os foliões. “As roupas que não permitem a pessoa suar e as fantasias de tecido sintético, "seguram" a transpiração, causando incômodo e calor”, explica. Além dessas precauções, o folião deve usar roupa leve, calçado confortável para evitar a carga nas articulações, maquiagem antialérgica e filtro solar.


Sobre os adoçantes ...

" Na hora de adoçar a sobremesa ou o cafezinho, nem sempre é fácil escolher o tipo certo de adoçante a ser utilizado. Alguns perdem o poder de adoçar quando são levados ao fogo, enquanto outros, embora menos calóricos que o açúcar, podem ter efeito indesejado e elevar a glicemia. Para guiar o diabético na escolha do produto mais adequado a seu gosto e perfil, a nutricionista Marina Munhoz da Rocha, do Centro de Diabetes de Curitiba (CDC), dá algumas dicas.
      A sacarina, adoçante artificial mais antigo no mercado, é totalmente sintético, não calórico e não eleva a glicemia. Pode ser utilizado para a preparação de doces que vão ao fogo porque não perde suas propriedades de adoçante. Sua desvantagem é o gosto residual amargo que aumenta quanto maior for a quantidade de adoçante utilizada. Geralmente, a sacarina é comercializada em associação com        o ciclamato, também de origem sintética, apropriado igualmente para culinária. Adoça trinta vezes mais que o açúcar mas, apesar disso, não é calórico, podendo ser utilizado pelo diabético. Por ter sódio em sua composição, o ciclamato não é indicado para portadores de hipertensão, porque pode elevar a pressão arterial.
          O aspartame, composto por dois aminoácidos naturais, teve seu uso questionado durante algum tempo por causa de informações de autoria desconhecida veiculadas pela Internet, que acusavam o produto de ser cancerígeno. Segundo Marina, nenhum estudo científico comprovou essa teoria e, portanto, o aspartame é livremente indicado até mesmo para gestantes. Adoçando 200 vezes mais que o açúcar, o aspartame não é apropriado para culinária porque perde seu poder quando aquecido. Sua principal vantagem é não apresentar sabor residual.
        O steviosídeo é um adoçante natural, extraído de plantas. Adoça 300 vezes mais que o açúcar. Tem sabor residual e não perde as propriedades quando aquecido. Geralmente é produzido em associação com o ciclamato. 
          O acessulfame k, utilizado em produtos industrializados como os refrigerantes dietéticos, tem leve sabor residual. Bastante popular na Europa e nos Estados Unidos, o produto vem associado ao aspartame, adoça 200 vezes mais que o açúcar e não perde seu poder quando levado ao fogo.
          A sucralose, outro produto sintético, adoça 600 vezes mais que o açúcar, não tem sabor residual e não afeta a glicemia. Já a frutose, extraída das frutas, adoça 300 vezes mais que o açúcar, pode ser utilizada em culinária, sendo o único adoçante que consegue produzir calda de doce, mas afeta a glicemia. Por isso, Marina alerta que, se for usar a frutose, o diabético deve compensar eliminando de sua refeição algum outro alimento calórico, como o pão, por exemplo."